quinta-feira, 28 de julho de 2011

Em São Paulo, Avril Lavigne faz show que empolga o público, mas não a si mesma


Cortina impecável, telões bem programados, iluminação delicada. Assim foi armada a cena para a cantora canadense Avril Lavigne, que fez a primeira apresentação da turnê "The Black Star", na última quarta-feira (27), em São Paulo. O show, que começou com meia hora de atraso, teve ingressos esgotados e reuniu cerca de sete mil fãs no Credicard Hall.

Depois de quase não conseguir embarcar para o Brasil por causa das cinzas do vulcão chileno que impediu alguns voos na Argentina, a cantora subiu ao palco com "Black Star", single do álbum que leva o nome da turnê. A música foi introduzida sob o som de uma caixinha de música e gritos histéricos dos adolescentes.





A plateia era composta por meninas vestidas como a cantora, com mechas verdes no cabelo e meninos com camisetas de bandas teen. Alguns pais tomavam guaraná acompanhando os filhos, enquanto alguns filhos tomavam cerveja longe dos pais. O primeiro hit de seu começo de carreira a embalar o público foi "Sk8er Boy", do álbum "Let Go", de 2002.

Durante a apresentação, Lavigne domina o papel de "front girl" e empolga. Faz caretas, poses com a banda. Mas nada que pareça agradar a ela mesma. Sua postura é profissional, mas parece desinteressada, refletindo nitidamente na sua afinação e por vezes transparecendo um aspecto cansado.

O setlist reuniu uma coletânea da carreira da cantora e trouxe hits adolescentes como "He Wasn't", "Nobody's Home" e "Losing Grip". Para anunciar "My Happy Ending", do álbum "Under My Skin", de 2004, Avril cantou um trecho de "Airplanes", parceria entre B.o.B e Hayley Williams, do Paramore. O show seguiu com "Don't Tell Me" e "Smile". E a euforia da plateia não cessou.


                                                                              (DE:  ESTEFANI MEDEIROS // UOL Música)